Tudo o que você precisa saber sobre Ventilação Mecânica

A ventilação mecânica consiste em um método de suporte para o tratamento de pacientes com Insuficiência respiratória crônica ou agudizada, uma vez que substitui total ou parcialmente a ventilação espontânea quando o indivíduo não pode fazê-lo por conta própria.

O tratamento pode ser usado em condições como insuficiência respiratória aguda, lesões traumáticas no pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, pneumonia e outras condições respiratórias graves. Por ser um processo complexo, requer conhecimento especializado e habilidade técnica para operar adequadamente.

Os profissionais da saúde envolvidos na aplicação, monitorização e terapia por meio da Ventilação Mecânica devem conhecer em profundidade as fisiopatologias sistêmicas que podem levar a necessidade de implementação do tratamento.

A administração do tratamento pela Ventilação Pulmonar inclui entender como o sistema respiratório e cardiovascular funcionam e  como são impactados durante o uso de ventiladores. Para entender mais sobre o processo, continue acompanhando a leitura!

Ventilação Mecânica: funcionamento e objetivo 

O objetivo da ventilação mecânica é auxiliar ou substituir, parcial ou integralmente, a respiração espontânea do paciente. Comumente aplicada em casos de desconforto respiratório, situações em que a troca gasosa está comprometida, momento em que se faz necessário evitar fadiga da musculatura respiratória, eventos como parada cardiorrespiratória  ou quando o indivíduo perde a capacidade de respirar sozinho (lesão neurológica ou durante uma cirurgia de anestesia geral).

A terapia requisita uma máquina que, de forma intermitente, insufla os pulmões e as vias aéreas do paciente.

Os aparelhos possuem diversos recursos e modos de ventilação, capazes de ajustar parâmetros como volume de ar, pressão inspirada e expirada, fluxos, e tempos da respiração de acordo com a necessidade do paciente e sua patologia.

Quais são os tipos?

Existem dois tipos de ventilação mecânica: invasiva e não invasiva.

A Ventilação Mecânica Invasiva, como o próprio nome sugere, tem como interface entre aparelho e  paciente  um tubo que pode ser inserido da boca até a traqueia (intubação orotraqueal) ou por um tubo diretamente na traquéia do paciente (traqueostomia), nomeada desta forma, portanto, por ser método invasivo ao corpo.

Outro tipo de ventilação é a por método Não Invasivo, e neste caso, a interface paciente - aparelho são máscaras faciais ou nasais que por sua estrutura possuem bordas que se ajustam perfeitamente a face do paciente, proporcionando vedação e mantendo o ar pressurizado, ajudando a respiração do indivíduo.

A ventilação não invasiva é comumente usada em situações de menor gravidade, quando o suporte ventilatório é necessário, mas o indivíduo ainda é capaz de manter respiração espontânea, ou mesmo na tentativa de evitar a intubação orotraqueal.

Orientações e cuidados para profissionais de saúde

É importante que os profissionais de saúde entendam os diferentes modos de ventilação mecânica e como selecioná-los adequadamente para cada paciente com base em suas necessidades respiratórias individuais.  

O paciente sob ventilação mecânica deve ser constantemente monitorado. Faz-se necessário o acompanhamento de exames clínicos, de imagem, e outros, para que os parâmetros da ventilação, siga o desenvolvimento das condições pulmonares e sistêmicas do indivíduo, sendo ajustado de acordo com a demanda  do momento.

Com conhecimento e habilidades necessárias, os profissionais de saúde podem fornecer o melhor cuidado possível aos pacientes que precisam da terapia.