Hipertensão Pulmonar

A Hipertensão Pulmonar é uma patologia de baixa incidência e pouco conhecida, inclusive entre a classe médica. Pode atingir crianças e adultos e é caracterizada pelo aumento anormal da pressão nas artérias pulmonares, modificando a circulação sanguínea nos pulmões.

Dentre as principais consequências deste quadro estão o desequilíbrio da relação ventilação/perfusão, a redução da oxigenação sanguínea e consequentemente dos tecidos, a sobrecarga do ventrículo direito do coração, que juntos podem levar o paciente a desenvolver anóxia, parada cardíaca e morte.

Há dois tipos principais de Hipertensão Pulmonar Aguda cujo tratamento é oficialmente aprovado e bem estabelecido:

Para ambos a terapia considerada padrão ouro mundial é o óxido nítrico inalatório.

Hipertensão Pulmonar Perioperatória

Em cirurgias cardíacas que fazem uso de circulação extracorpórea, a Hipertensão Pulmonar associada a este tipo de procedimento é uma das principais causas de insuficiência cardíaca direita e morte prematura dos pacientes. O óxido nítrico inalatório pode ser utilizado com segurança e eficácia nestes casos, em pacientes pediátricos e adultos.

Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém-Nascido (HPPRN)

No nascimento de um bebê diversas modificações fisiológicas ocorrem, dentre elas, a modificação em seu padrão cardiorrespiratório. Em meio a estas alterações, podem ocorrer falhas decorrentes de fatores como, por exemplo:

• Constrição prematura do canal arterial;
• Liberação de mediadores sépticos;
• Aspiração de mecônio;
• Lesões cardíacas congênitas, entre outros.

Essas falhas podem resultar em lesão das células endoteliais dos vasos e consequente diminuição da produção fisiológica de NO, responsável pela manutenção da vasodilatação normal. Como resultado, ocorre vasoconstrição pulmonar e o sangue pobre em oxigênio continua a circular através do forame oval e/ou canal arterial em direção à circulação sistêmica.

Este quadro é caracterizado como Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém Nascido. Em pacientes neonatos com Hipertensão Pulmonar, a resposta positiva ao óxido nítrico correlaciona-se com uma evolução clínica favorável a longo prazo.

Tratamento e benefícios do Óxido Nítrico

O Óxido Nítrico (NO), é um gás terapêutico cuja principal propriedade é a vasodilatação pulmonar, ou seja, reduzir a pressão nas artérias pulmonares para que o sangue circule normalmente pelos pulmões.

A principal vantagem do uso do óxido nítrico inalatório é a sua capacidade de atingir somente os alvéolos que estão sendo ventilados e sua curta meia-vida na circulação sanguínea (6 a 10 segundos), pois dessa forma, produz vasodilatação pulmonar seletiva, não provocando hipotensão sistêmica indesejada, ocasionada pelo uso de vasodilatadores intravenosos convencionais. Além disso, por atingir somente os alvéolos ventilados, provoca vasodilatação nos mesmos, redirecionando o fluxo sanguíneo para as zonas mais “funcionantes” dos pulmões e otimizando o processo respiratório.

O óxido nítrico está presente no organismo humano em condições fisiológicas, ele é constantemente sintetizado pelo endotélio vascular, pois desempenha papel essencial na regulação da pressão arterial. O emprego do óxido nítrico inalatório (em concentrações de até 80 ppm) não altera a pressão arterial sistêmica, melhora a oxigenação e oferece melhor shunt pulmonar. Além do mais, a vasodilatação pulmonar causada pela inalação de NO é rapidamente reversível após a descontinuação do gás (rápida eliminação pelo organismo).

Administração e Monitoramento do Óxido Nítrico Inalatório

A administração de óxido nítrico requer precisão (dosagem em partes por milhão) e o monitoramento contínuo das concentrações de NO e NO2 (dióxido de nitrogênio) que chegam ao paciente. Além disso, outros parâmetros fisiológicos devem ser observados, visando a segurança e a eficácia da terapia.

A Air Liquide Healthcare fornece tanto o Óxido Nítrico quanto a melhor tecnologia para sua aplicação e monitoramento.