Gases medicinais e industriais: quais as diferenças?
Entenda a diferença entre gases medicinais e industriais e a importância dos processos de produção e qualidade para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.
Publicado em 08 Maio, 2023
4 minutos
Os gases medicinais e industriais pertencem a duas categorias, utilizadas para finalidades distintas. Enquanto um é voltado para fins medicinais e terapêuticos em estabelecimentos de saúde, como hospitais e clínicas, o outro tem foco em processos de fabricação e produção em diversos setores da indústria.
Para entender mais a fundo sobre a diferenciação, continue acompanhando o texto!
Gases Medicinais
Utilizados para fins terapêuticos, diagnósticos e anestésicos em diversas áreas da medicina, os gases medicinais apresentam propriedades químicas específicas que permitem sua utilização para tratar ou prevenir doenças em humanos.
Todos os gases medicinais são fabricados de acordo com os regulamentos legais estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável por regular e fiscalizar o setor de saúde no Brasil.
Entre os gases mais comuns estão o oxigênio, utilizado para tratamento de diferentes condições respiratórias; o dióxido de carbono, empregado em cirurgias por videolaparoscopia; o óxido nitroso, aplicado como anestésico em procedimentos odontológicos e cirúrgicos; o ar sintético, utilizado para gerar pressão em equipamentos médicos; e o óxido nítrico, utilizado como vasodilatador seletivo para combater a hipertensão pulmonar em recém nascidos prematuros.
Gases Medicinais vs. Gases Industriais
Como dito anteriormente, os gases medicinais são geralmente utilizados em hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de saúde.
Os gases mais comuns incluem: oxigênio, ar sintético, óxido nitroso, dióxido de carbono e óxido nítrico. Fabricados seguindo rigorosos padrões de pureza, a fim de garantir que não haja contaminação ou outros efeitos adversos para a saúde do paciente.
Por outro lado, os gases industriais são utilizados na indústria em diversas aplicações, como Tratamento Térmico, soldagem, corte, congelamento e resfriamento de alimentos, controle de poluentes e emissões, entre outros.
Além disso, os gases industriais também podem ser utilizados para análise em laboratórios de pesquisa, na indústria farmacêutica e em outras áreas da ciência, onde são empregados em processos químicos e reações que requerem um ambiente controlado e livre de impurezas.
Outras técnicas que envolvem a aplicação voltada para a área da saúde, utilizando líquidos criogênicos, como o Nitrogênio Líquido (N2), é a Criopreservação, essencial para preservar materiais biológicos, por exemplo, mantendo a qualidade de amostras como células-tronco e sangue, sendo possível a identificação de informações relevantes sobre a fisiologia, saúde e genética.
Visando manter a pureza e segurança, bem como conformidade com os requisitos de boas práticas de fabricação exigidos por órgãos sanitários, os gases medicinais são envasados cumprindo rigorosos procedimentos, sendo liberados somente por profissionais farmacêuticos e/ou químicos garantindo toda a rastreabilidade, bem como emissão de certificado de qualidade.
Os gases industriais, por sua vez, não têm a necessidade de emissão de certificado com assinatura de profissionais de saúde. Ambos os gases industriais e medicinais são produzidos em larga escala, possuem monitoramento contínuo e podem ser armazenados em tanques ou cilindros, porém, neste último caso, os cilindros se diferenciam pela cor.
Por que o Oxigênio utilizado para fins industriais não pode ser utilizado para fins terapêuticos?
Na indústria, o oxigênio é um dos gases mais utilizados para processos de combustão e também em técnicas de soldagem e corte de metais. Para essas aplicações, os gases não passam por um controle tão rigoroso quanto no envase do oxigênio medicinal durante os processos de produção.
No caso de armazenamento do oxigênio em cilindros, o que difere é o tratamento dado ao cilindro antes do enchimento e a liberação de lote de acordo com farmacopeias reconhecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além de passar pela liberação do profissional químico e/ou farmacêutico, todo o processo produtivo medicinal é rastreável, desde a chegada da matéria prima até a venda do produto incluindo o lote da nota fiscal, além da cor dos cilindros, sendo o oxigênio medicinal representado por cilindros de cor verde e o industrial representado pela cor preta.
Todo processo produtivo, limpeza, metodologia analítica e sistema computadorizado deve estar validado de acordo com as normas da ANVISA para a produção e o envase dos gases medicinais, o que não é exigido para o industrial.
Para os gases medicinais é indispensável seguir as boas práticas de fabricação de acordo com a RDC 658/2022 Anvisa e IN 129/2022 ANVISA e demais Instruções Normativas aplicáveis.
Experiência no fornecimento de gases medicinais
Diante da importância da qualidade dos gases medicinais, é fundamental contar com um parceiro experiente que garanta a excelência que os pacientes e profissionais de saúde merecem.
A Air Liquide Healthcare conta com uma área especializada em gases medicinais, com propriedades que atuam no tratamento ou prevenção de doenças, bem como suporte à vida.
Fornecemos produtos e serviços personalizados para ambientes clínicos, ambulatoriais e hospitalares. Nossos gases são produzidos e armazenados com segurança, dentro de todas as normas regulatórias, de acordo com as Boas Práticas de Fabricação da Anvisa.