EO™-70: Saiba tudo sobre o funcionamento do Assistente de Tosse
Aparelho para assistência hospitalar
Publicado em 27 Novembro, 2024
4 minutos
O assistente de tosse é um recurso valioso no tratamento de enfermidades relacionadas ao sistema respiratório, especialmente aquelas que impactam diretamente a mecânica respiratória.
Pacientes com doenças neuromusculares e outros acometimentos pulmonares, submetidos à ventilação mecânica, progridem para o enfraquecimento dos grupos musculares envolvidos na respiração e tosse. A inabilidade de eliminar a secreção produzida por uma tosse ineficaz coloca esses pacientes em risco de infecções respiratórias frequentes.
Portanto, no texto seguinte, vamos investigar a função do auxiliar de tosse na jornada de assistência, com o objetivo de aprimorar a qualidade de vida dos pacientes. A principal meta associada ao recurso é assegurar uma terapia ventilatória eficiente, o que pode facilitar a continuidade do tratamento.
Assistente de tosse: por que adotá-lo como recurso terapêutico?
O assistente de tosse, também conhecido como Cough Assist, é um dispositivo projetado para simular a tosse natural e auxiliar na remoção de secreções das vias respiratórias. Seu funcionamento se baseia na aplicação alternada de pressões positivas e negativas nas vias aéreas do paciente. Essa variação de pressão ajuda a mobilizar e expulsar secreções, facilitando a respiração e diminuindo o risco de infecções.
Este dispositivo pode ser usado tanto de forma não invasiva quanto invasiva, e é ajustável conforme as necessidades específicas do paciente. As configurações ajustáveis incluem a pressão aplicada, o tempo de insuflação, a opção de oscilação e a frequência dos ciclos de tosse assistida.
Como adaptar o Assistente de Tosse ao paciente
A aplicação do assistente de tosse nas modalidades invasiva e não invasiva é realizada por meio de circuitos e acessórios adaptados para cada modelo de interface, como a máscara oronasal, peça bucal e até mesmo em traqueostomia.
Nos kits invasivos e não invasivos para cough assist (adulto e pediátrico), como são comercialmente conhecidos, estão contemplados circuitos, máscara de borda inflável, conector intermediário e filtro bacteriológico. Esses acessórios podem ser diferentes de acordo com o dispositivo e o fabricante, além do perfil do paciente.
Em todas as interfaces, para garantir mais eficiência na terapia, é importante que a vedação do sistema seja completa, incluindo a pressão do cuff (balonete de vedação presente em cânulas de traqueostomias) que deverá estar insuflado adequadamente.
Recomendações a serem consideradas
Para garantir o uso eficaz do assistente de tosse em pacientes sob ventilação mecânica, devemos considerar as seguintes orientações:
Avaliação Individualizada: cada paciente possui necessidades respiratórias únicas. É crucial que um profissional de saúde qualificado, como um fisioterapeuta, conduza uma avaliação detalhada para determinar a configuração mais adequada do assistente de tosse.
Integração na Estratégia de Cuidados: o assistente de tosse deve ser integrado de maneira apropriada no plano de cuidados do paciente. Isso requer colaboração com uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas respiratórios e outros profissionais de saúde.
Monitoramento e Ajustes: O uso do assistente de tosse deve ser rigorosamente monitorado, com avaliações contínuas da resposta do paciente. É importante ajustar a terapia conforme necessário, observando a eficácia da tosse assistida, a tolerância do paciente e possíveis sinais de desconforto respiratório.
Orientação para Pacientes e Familiares: Pacientes e seus familiares devem receber instruções detalhadas sobre o funcionamento do assistente de tosse, sua importância e como identificar sinais de possíveis complicações respiratórias que podem necessitar de intervenção médica.
Especificações do manejo dos dispositivos
Manusear de forma adequada e com total segurança é essencial para garantir a eficiência e eficácia da terapia respiratória. Pensando nisso, separamos algumas informações sobre as principais características e cuidados:
- Os assistentes de tosse precisam ser posicionados em um local firme e de superfície plana, evitando possíveis quedas acidentais;
- São equipamentos bivolts automáticos, podendo ser ligados diretamente nas tensões elétricas 110v e 220v. Extensões e adaptadores não devem ser utilizados;
- Após ligado, o aparelho deve ser configurado com os parâmetros necessários pela equipe multiprofissional responsável;
- O circuito deve ser conectado ao aparelho, em uma das extremidades, e na outra, a interface a ser conectada ao paciente. Atenção: Independente da interface, não pode haver escape de ar durante a terapia;
- Sempre utilizar filtro de barreira ou bacteriológico, este será responsável por proteger o equipamento de contaminação ou retorno de secreções;
- Após o uso, observar se há secreções no circuito e interface e seguir com a higienização;
- Para limpeza pode ser utilizado um pano umedecido com detergente neutro.